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Apesar de criados para busca sistemática de planetas, os telescópios Kepler e TESS oferecem oportunidades de estudo de diversos outros fenômenos, dos quais destacamos o estudo de variabilidade de estrelas massivas. Oscilações com período ao redor de um dia são muito comuns em estrelas B, o que historicamente dificultou o estudo dessas oscilações com observações em solo. Apresentaremos alguns métodos que nosso grupo adotou para o estudo de variabilidade de estrela tipo B, como prewhitening das séries temporais, uso de espectros obtidos em solo e obtenção de parâmetros físicos. Discutiremos como esses métodos possibilitam o estudo de estrelas SPB, β Cep, pulsadoras híbridas e em especial de estrelas Be. Estrelas Be clássicas são estrelas do tipo espectral B que apresentam linha de Balmer em emissão. A emissão se deve à existência de um disco de matéria ao redor da estrela. A aparição do disco está associada com eventos de ejeção de matéria, mas o mecanismo que leva à esses eventos ainda não é conhecido. Os telescópios espaciais oferecem oportunidade inédita de acompanhamento da atividade dessas estrelas e suas pulsações, que muitas evidências apontam como mecanismo fundamental na formação do disco. Discutiremos resultados das pesquisas nesse campo e nossas contribuições.