Speaker
Description
As explosões solares são definidas observacionalmente como um aumento abrupto da emissão em diferentes comprimentos de onda, com um tempo de duração da ordem de minutos a horas. As explosões podem ser divididas em duas fases: uma fase impulsiva, com duração de alguns segundos e onde ocorre o aumento abrupto da emissão, e uma fase gradual, a qual dura de minutos a horas e onde a emissão retorna lentamente aos valores observados antes da explosão. Durante as explosões são observadas oscilações com períodos da ordem de frações de segundos a dezenas de minutos e duração média de 2 a 10 ciclos, as quais são chamadas de oscilações quase periódicas (QPPs). As QPPs são geralmente analisadas utilizando métodos baseados na transformada de Fourier e análise de ondaletas. Esses métodos assumem que o sinal tem uma forma harmônica e funcionam bem para sinais oscilatórios de banda suficientemente estreita ou que pelo menos contenham um grande número de ciclos de oscilação. Neste trabalho investigaremos a ocorrência das QPPS durante uma explosão solar de classe X (com fluxo $2,3*10^{-4}Wm^{-2}s^{-1}$), observada no dia 15/02/2011 nos dados de raios X obtidos pelo satélite GOES. Para essa explosão, identificamos a ocorrência de oscilações quase periódicas com períodos em torno de 20 e 60 segundos, ocorrendo no fim da fase impulsiva e início da fase gradual. Durante este evento as oscilações quase periódicas permaneceram por um intervalo de aproximadamente 10 minutos em torno do horário de pico da explosão.